O mês de Maio sempre desperta nobres e ternas inspirações : é o mês das Mães, das noivas,das flores e da Virgem Maria.
O primeiro soneto de Bilac publicado na imprensa, em 1883, intitulado Manhã de maio.
Vou transcrevê-lo, a seguir.
Verão que não são versos falando de maio. Mas a beleza de cada um deles indica que os ares marianos o ajudaram a escrevê-los.
"Lá fora, a natureza, alegre e verdejante,
Expande-se ao calor do sol da primavera...
Gorjeia a patativa em canto inebriante,
E como que sorri contente o azul da esfera.
Parece que a campina, esplêndida e brilhante,
Em vestir-se de rosa e de jasmim se esmera,
Como a noiva gentil que, trêmula e hesitante,
Com cuidado se veste e o lindo noivo espera...
E enquanto, em frente a mim, duas pombinhas mansas,
Mais brancas que a alma ingênua das crianças,
Conversam sobre o amor, beijando-se em delírio...
Eu penso em ti, compondo esta canção florida,
Que quisera enviar-te, oh! minha flor querida!
Escrita a tinta azul nas pétalas de um lírio."
Vou transcrevê-lo, a seguir.
Verão que não são versos falando de maio. Mas a beleza de cada um deles indica que os ares marianos o ajudaram a escrevê-los.
"Lá fora, a natureza, alegre e verdejante,
Expande-se ao calor do sol da primavera...
Gorjeia a patativa em canto inebriante,
E como que sorri contente o azul da esfera.
Parece que a campina, esplêndida e brilhante,
Em vestir-se de rosa e de jasmim se esmera,
Como a noiva gentil que, trêmula e hesitante,
Com cuidado se veste e o lindo noivo espera...
E enquanto, em frente a mim, duas pombinhas mansas,
Mais brancas que a alma ingênua das crianças,
Conversam sobre o amor, beijando-se em delírio...
Eu penso em ti, compondo esta canção florida,
Que quisera enviar-te, oh! minha flor querida!
Escrita a tinta azul nas pétalas de um lírio."
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