Saudade palavra doce,
Retrata-nos tanto amargor
Saudade é como se fosse
Retrata-nos tanto amargor
Saudade é como se fosse
espinho cheirando a flor.
Saudade, ventura ausente,
Um bem que longe se vê,
Uma dor que o peito sente,
Sem saber como e porquê.
Uma palavra tão breve,
Mas tão longa de sentir
E há tanta gente que a que a escreve
Mas tão longa de sentir
E há tanta gente que a que a escreve
Sem a saber traduzir.
Um desejo de estar perto,
Um desejo de estar perto,
de quem longe está de nós,
um ai que não sei ao certo
se é um suspiro ou se é uma voz.
Um sorriso de tristeza, um soluço de alegria,
Suplicio da incerteza, esperança que alivia.
Saudade é suspiro é ânsia, vontade da gente ver
A quem nos vê a distância com olhos de bem querer
A saudade é calculada por algarismos também
Distância multiplicada pelo fator querer bem
Saudade é tristeza é tédio que enche os olhos de ardor
Saudade dor que é remédio
Remédio que aumenta a dor
A palavra é bem pequena
Mas diz tanto de uma vez
Por ela valeu a pena
Inventar-se o português.
(Bastos Tigre )se é um suspiro ou se é uma voz.
Um sorriso de tristeza, um soluço de alegria,
Suplicio da incerteza, esperança que alivia.
Saudade é suspiro é ânsia, vontade da gente ver
A quem nos vê a distância com olhos de bem querer
A saudade é calculada por algarismos também
Distância multiplicada pelo fator querer bem
Saudade é tristeza é tédio que enche os olhos de ardor
Saudade dor que é remédio
Remédio que aumenta a dor
A palavra é bem pequena
Mas diz tanto de uma vez
Por ela valeu a pena
Inventar-se o português.
Manuel Bastos Tigre (Recife, 12 de março de 1882 — Rio de Janeiro, 1 de agosto de 1957) foi um bibliotecário, jornalista, poeta, compositor, humorista e destacado publicitário brasileiro.
Exerceu a profissão de bibliotecário por 40 anos, é considerado o primeiro bibliotecário por concurso, no Brasil.
No dia 12 de março é comemorado o Dia do Bibliotecário, que foi instituído em sua homenagem.
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